Invocando o combate ao défice, o Governo PS e o PSD, conspiram e aceleram a sua politica de desastre nacional. Não é o interesse do país que os move, mas sim, a tentativa de aproveitar a crise para aumentar as injustiças e desigualdades, premiar os especuladores, amarrar ainda mais o país ao rumo de retrocesso e declínio que a política de direita vem impondo.
O ataque aos salários e pensões, ao subsídio de desemprego – reduzindo a protecção social, estimulando os despedimentos e favorecendo a redução dos salários – as privatizações, constituem, a par do aumento do IVA e de novos cortes no investimento público, uma segunda fase das medidas anunciadas no PEC.
Não ao roubo nos salários!
O ataque aos salários (com a retenção de 1 e 1.5% de imposto sobre os salários) é um roubo aos trabalhadores para encher os cofres do capital financeiro. Um roubo ainda mais chocante quando mais de 4 mil milhões de euros de recursos públicos foram desviados para o escândalo do BPN e quando os principais bancos estão a lucrar agora mais de 5 milhões de euros por dia.
Tal decisão constituirá um factor de agravamento das muitas dificuldades de milhões de portugueses e será mais um rude golpe em milhares de pequenas e médias empresas.
O aumento do IVA, insistindo no agravamento de um imposto cego sobre o consumo, constitui um novo golpe no poder de compra e um factor de penalização da actividade económica. Com o aumento do IVA, incluindo nos bens de primeira necessidade como o leite, o pão ou os medicamentos, são penalizados sobretudo os trabalhadores e os reformados com mais baixos rendimentos, as pequenas e médias empresas que vão sentir a retracção do consumo.
O patronato tem vindo a abusar do lay-off, redução de actividade, ou suspensão do contrato de trabalho, significam que em geral uma redução em 33% na remuneração dos trabalhadores, coloca a Segurança Social a pagar outros 46%, sobrando para o pagamento da empresa 21% dos custos salariais.
Alertado para isto pelo PCP, pelos sindicatos e pelos trabalhadores, o Governo PS assiste, apoia e vai carimbando cada processo, criando graves dificuldades aos trabalhadores e delapidando os recursos da Segurança Social.
O País precisa de uma politica patriótica e de esquerda!
O que se impõe é uma politica que afirme e recupere a nossa soberania, valorize os salários, promova e defenda a produção nacional, aposte num forte sector empresarial do Estado, aposte no investimento público, crie emprego e combata o desemprego.
O que o PCP defende é:
- aumento dos salários e pensões,
- reforço do investimento público,
- alargamento das prestações sociais, designadamente do subsidio de desemprego,
- imposição à banca de uma taxa efectiva de IRC de pelo menos 25% sobre os seus lucros,
- aplicação de imposto sobre as transacções na bolsa, incluindo sobre as mais valias bolsistas.
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